Infelizmente, você não precisa gostar do conteúdo da sua estratégia de Marketing: entenda o por quê

Pode parecer estranho, mas o conteúdo da sua estratégia não foi feito para você, e sim para a sua persona e para gerar resultados para o seu negócio.

Eu sei. Essa pode ser uma revelação um pouco surpreendente e meio dura, mas ela é uma verdade absoluta, que muitas pessoas podem não entender e que pode comprometer totalmente a sua estratégia de Marketing de Conteúdo.

Você pode estar pensando “como assim?!” ou “eu pago por esse conteúdo, é claro que eu preciso gostar dele”, mas não, você não precisa. E a resposta pode ser mais simples e óbvia do que você imagina.

Mas antes, vamos entender exatamente o que é um bom conteúdo.

O que define um bom conteúdo em uma estratégia de Marketing

O conteúdo “perfeito” — ou melhor, ideal — é aquele que atende a uma necessidade da sua persona na hora certa e do jeito certo. Isso do ponto de vista dela.

Ou seja: todo conteúdo desenvolvido dentro da sua estratégia de Marketing deve responder a uma dúvida da sua persona. Basicamente é isso!

A partir daí, ser encontrado por ela — SEO ♥  —, levá-la ao próximo estágio do funil e incentivá-la a interagir com sua empresa são consequências da qualidade desse conteúdo para quem ele está sendo escrito.

Do ponto de vista da empresa, o seu conteúdo deve ajudar a sua persona a estar mais informada e preparada para o momento da compra, gerando valor, aumentando a sua credibilidade e construindo um relacionamento saudável com ela.

Mas isso também só será possível se os seus conteúdos atenderem a uma necessidade da sua persona na hora certa e do jeito certo.

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Com isso, fica claro que tudo em uma estratégia de Marketing de Conteúdo gira em torno da persona.

Ela é o motivo pelo qual você criou um blog e produz conteúdos. É a partir dela que surgirão os temas e todo o seu mapeamento. O comportamento dela que definirá a linguagem, os formatos, os canais escolhidos, a frequência de publicação e tudo mais que se relacione à parte prática das suas ações.

Então, por que eu não preciso gostar dos conteúdos da minha estratégia?

Como eu disse, a resposta é simples: porque você não é sua persona! Pelo menos não necessariamente.

Se você, por exemplo, tem um e-commerce de produtos naturais e é um consumidor nato desse tipo de alimento, excelente! Você é persona do seu negócio!

Mas na maioria dos casos, tanto o time de marketing quanto os tomadores de decisões a respeito da estratégia não são e, com isso, não precisam mesmo gostar do conteúdo.

Veja bem: isso não significa que você deva aceitar um conteúdo realmente ruim quanto a estética, formato ou qualidade gramatical. Isso vale para qualquer persona.

Porém, pode ser que o tema não te interesse, que a linguagem não faça sentido para você ou que o formato escolhido não seja o seu preferido.

Por exemplo: vamos imaginar que você tem um escritório de advocacia voltado para questões conjugais.

É bem provável que ao ler o seu conteúdo você ache a linguagem simples demais. Porém, deve ter em mente que a sua persona é leiga e que quer resolver um problema como divórcio ou guarda dos filhos, não saber detalhes minuciosos da lei.

Deu para entender?

Com isso, temos dois cenários possíveis:

  • Você ama os seus conteúdos e sua persona não: e com isso está super satisfeito com o time que é responsável pela sua estratégia, mas não tem gerado resultados para o seu negócio.
  • Sua persona ama os seus conteúdos e você nem tanto: e dessa forma você está gerando resultados positivos para o seu negócio e entendendo melhor o seu público.

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É claro que existe a chance — e não é tão incomum — de que você adore todos os conteúdos da sua estratégia e a sua persona também. Isso é ótimo, e possivelmente significa que você conhece bem o seu público.

Porém, se isso não acontecer, o melhor a se fazer é considerar a opinião de um especialista e estudar mais sobre sua persona, para entendê-la e conseguir fazer a conexão entre os conteúdos que têm sido produzidos e as necessidades dela!

Lembre-se que é seu papel conhecer muito bem a sua persona! Não são só suas ações de Marketing que serão baseadas nela, mas o seu produto, serviço e todas as decisões tomadas em relação ao rumo do seu negócio.

Além disso, lembre-se também de que ela PRECISA ser baseada em dados e não na sua opinião ou do seu time sobre o comportamento e as preferências dela.

Pesquisas, o perfil dos seus clientes atuais, análise das ações dela em seus canais… tudo isso são ferramentas poderosas para conhecer realmente quem é, o que quer e como o seu cliente ideal age!

Os principais motivos que levam uma pessoa a não se apaixonar pelos conteúdos da estratégia dela

Para garantir que você entendeu — e que não vai me odiar ao final deste post — vou listar algumas possíveis razões pelas quais o seu conteúdo pode estar te desagradando, mas sem um motivo plausível.

É que, no final das contas, essa pode ser a causa pela qual a sua estratégia não está dando tantos bons resultados quanto poderia, e eu tenho certeza que você não quer isso!

Você não é sua persona — e, sim, vamos reforçar isso

Sim, eu já disse isso. Mas é muito importante que você entenda exatamente como isso afeta sua estratégia.

Você sabe coisas que a sua persona não sabe. O que é óbvio para você pode ser um mistério para ela. Ela tem vivências diferentes. Ela pode ter uma linguagem totalmente diferente da sua. Ela possivelmente ama coisas que você não gosta tanto.

Imagine que esse processo é um conversa e o seu objetivo é se fazer entender. Para isso, você não usaria a mesma linguagem para uma criança de 5 anos, para um adolescente e para um pai de família, certo?

É basicamente isso: seu conteúdo é o canal de comunicação entre sua persona e sua empresa. Mais que atrair a atenção dela, você precisa se fazer entender, solucionar uma dúvida e ainda agradá-la ao ponto de conquistar a confiança dela.

Por isso, muitas vezes é preciso abrir mão. Como em qualquer relacionamento, nem tudo o que te agrada necessariamente agrada o outro e um dos lados precisará ceder para que essa relação funcione e gere bons frutos. Quem será?

Você não conhece tão bem assim a sua persona

Isso é muito mais comum do que se imagina: empresas que não conhecem realmente a persona delas.

Ou por não ter dados suficientes para fazer um levantamento conclusivo sobre ela ou por se contentar em fazer inferências e suposições a seu respeito.

Mais uma vez: ela sempre deve se basear em dados! Eles serão o norte de suas escolhas, decisões e ações, e por mais que pareça que o seu público tem um comportamento, se esses dados provarem o contrário, fique com os dados!

Você só quer falar dos seus produtos

Muitas empresas não engatam em uma estratégia de conteúdo por acreditarem que os seus produtos precisam ser o centro do planejamento, quando na verdade o centro é, novamente, a persona!

São os interesses e necessidades dela que levarão a sua empresa de encontro a potenciais clientes através do conteúdo. E se ela quisesse saber apenas a respeito do que você faz, ela não estaria a procura de outras palavras-chave, se não o seu produto ou serviço.

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É claro que você falará da sua solução em alguns conteúdos, como cases de sucesso e os materiais de fundo de funil.

Mas, principalmente se você está no início de uma estratégia, a maior parte dos seus textos precisam ser de topo de funil para que você atraia visitantes. E, nessa hora, é praticamente proibido falar de produtos!

Não vou me estender muito sobre o Funil de Vendas e a Jornada do Cliente, mas se quiser saber mais a respeito, inclusive sobre a proporção de conteúdos para cada fase, pode ler este post.

Você está “cansado” de saber sobre temas relacionados à sua área de atuação

Muitas pessoas acham que os conteúdos de uma estratégia, principalmente de topo e meio de funil são chatos e repetitivos. Porém, isso faz todo sentido para você, mas para seu público possivelmente não.

Dentro do processo de educação de um visitante para que ele se torne um lead e depois um cliente, ele precisa conhecer desde o “beabá” até os conteúdos até detalhes mais complexos. Mas como eu disse, é um processo.

Por isso ele possivelmente vai começar com temas mais rasos, gerais e básicos, e você e o seu time precisam entender isso, por mais que pareça muito distante do que você esperava.

Você está focando em uma parte da sua estratégia, e não no todo

Um conteúdo faz — ou deveria fazer — parte de uma estratégia macro com vários caminhos para, no final, levar o seu visitante ao fundo do funil: ou seja, ao momento de compra. Por isso existe um mapeamento.

Com isso, os primeiros conteúdos são mais gerais e vão afunilando até o fim desejado que é a compra. Mas existem diversas formas de chegar a um mesmo lugar e a sua estratégia deve conseguir abranger todas elas.

Dessa forma, se você só percebe uma das possibilidades, as demais podem te desagradar e assim, você estará perdendo diversas oportunidades de atrair pessoas que passariam pelo funil e se tornariam clientes.

Entenda que todos esses caminhos são importantes e que conteúdo nunca é demais!

Se ao longo do tempo, com o amadurecimento das suas ações, os temas ficarem ainda mais gerais ou, ao contrário, ainda mais específicos, entenda que cada texto é importante no cenário geral, Só assim o seu visitante fará as conexões necessárias até se tornar um cliente.

Conclusão

Embora seja difícil de admitir, é fundamental que você perceba se algum desses pontos bate com a sua relação com os conteúdos produzidos e entenda que nem sempre a sua estratégia vai agradar a todos.

Mas o importante mesmo é que ela agrade e faça sentido para a sua persona! O que pode justamente ser o oposto do que você espera, mas que será o que trará resultados satisfatórios para a sua empresa, fazendo jus ao seu investimento.

E isso é comum. Eu mesma já me deparei com conteúdos que não faziam nenhum sentido para mim, mas que renderam em grandes benefícios para estratégia!

Fonte: Laís Bolina – Marketing de Conteúdo
Este conteúdo não é de responsabilidade da Edeal Comunicação Digital


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