Quer trabalhar com marketing digital? Veja o perfil mais buscado

SEO, UX, SQL, Analytics, CRM, Big Data… Estes são apenas alguns dos termos comuns no cotidiano de profissionais de marketing digital, uma área que está em constante transformação.

Em um painel da Conferência Na Prática Gestão Empresarial, um evento de carreira gratuito da Fundação Estudar que reuniu jovens e empresas em busca de novos talentos, duas pessoas que vivem esse universo no dia a dia compartilharam suas experiências: Felipe Padovani, formado em Marketing e especialista sênior em Business Inteligente da TV Globo, e Rafael Untura, publicitário por formação e um dos gerentes de Marketing digital da Natura.

Perfil da área

Ambos concordam que ter perfil analítico – ou seja, ter a capacidade de analisar grandes volumes de dados e extrair informações – e visão de negócios são aspectos fundamentais para quem quer trabalhar com marketing digital. Cientista de dados: A Hekima te explica tudo sobre a profissão Patrocinado 

Conhecimentos básicos de programação que facilitem a interação com as ferramentas também estão se tornando cruciais, assim como saber manipular muito bem planilhas de Excel.

“Noventa milhões de pessoas acessam a Globo online por mês, o que traz um volume enorme de informações”, explica Felipe. Só que, para realmente agregar valor, não basta apenas saber usar planilhas. “A pessoa precisa saber como argumentar e ‘vender’ aquela informação.”

Rafael, que traz informações tanto para equipes de negócios focadas em venda online quanto para toda a equipe de branding da Natura, concorda. ”Quando se lida com dados, há a questão de precisar abstrair e dar sentido àquela informação. Digamos que há uma taxa de conversão de 2%. Isso é muito? É pouco? Depende de muitas outras coisas.”

Em uma área que constantemente se renova – hoje há ferramentas utilizadas mundo afora que sequer existiam cinco anos antes –, ambos avisam que a capacidade de se atualizar é mais importante que conhecimentos técnicos pontuais.

“Os conhecimentos técnicos vão ficar obsoletos e outros vão surgir do nada para dominar tudo”, explica Rafael, que aplica provas básicas e cases em processos seletivos para avaliar o nível das habilidades dos candidatos.

E se sua faculdade não ensinar o que é necessário ou o que está em alta atualmente? “Estude por conta própria e explore o que a faculdade não te deu”, aconselha ele, destacando que há uma série de cursos online disponíveis (cheque plataformas como edX, Coursera, Veduca e mesmo YouTube para saber mais).

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Agilidade é chave

Uma estratégia de Marketing digital pode ser aplicada agora e amanhã, no mesmo horário, já ter passado por diversas alterações baseadas em métricas e feedbacks.

Para acompanhar esse ritmo incessante de melhorias e testes, é importante ser ágil e estar disposto a investir em novidades e pensar em novas maneiras de consertar o que não está funcionando. Pequenos erros, garantem os dois, acontecem diariamente.

O segredo está na simplicidade da execução. “Prefira aquilo que é rápido e que evolui ao que é sofisticado. A pessoa que enrola ou que é burocrática não tem espaço”, fala Rafael.

Para desenvolver essa agilidade, ele também recomenda que se pratique o “sentimento de dono”, quando você puxa para si responsabilidades e encara seu trabalho como se fosse seu próprio negócio. Se aquela empresa fosse sua, você enfrentaria o cansaço para melhorar um relatório ou investiria dinheiro em uma certa ferramenta, por exemplo?

“Isso facilita o caminho para crescer. As pessoas sentem quem tem essa iniciativa”, continua.

Quem pode atuar com marketing digital?

Segundo Rafael e Felipe, qualquer um que tenha os conhecimentos básicos requeridos, seja ele um publicitário, advogado, engenheiro, cientista de computação ou outra coisa por formação, está apto a atuar nessa área em expansão.

“Há até vontade de termos perfis diferentes na mesma equipe”, afirma Rafael. “Mas o que pode limitar suas possibilidades é uma rede de contatos pouco diversificada. Como seu network está formado?”, indaga.

Isso é importante porque quem não convive com colegas de outras profissões pode acabar ficando dentro dos limites de suas próprias formação, sem acesso a oportunidades além das mais comuns em seu campo e sem descobrir que outros caminhos são possíveis.

“Não é preciso ter uma formação específica, mas um mindset digital”, continua Felipe. “Ter o perfil e demonstrar potencial é mais importante do que chegar ‘pronto’.”

Fonte: Exame
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