Redes Sociais ganham espaço na hora da seleção e recrutamento
A capacidade de recrutar, selecionar e, especialmente, manter os melhores talentos tem sido vista como um diferencial capaz de distinguir empresas e fazer com que elas se mantenham competitivas no mercado globalizado, em que a tecnologia está cada vez mais barata e acessível. Os velhos anúncios em jornais e divulgação em meios específicos continuam valendo, assim como as indicações, porém as redes sociais – meio preferido de comunicação dos jovens – vêm tomando espaço também como ferramenta para os analistas de recursos humanos.
De acordo com o especialista em marketing digital e diretor da Edeal Comunicação Digital, Fábio Esquárcio, a tendência é que essas relações trabalhistas estejam cada vez mais presentes no ambiente digital. A grande vantagem do recrutamento pelas redes é a otimização do tempo na divulgação e resposta. Até empresas da economia mais tradicional já se renderam ao potencial das redes sociais.
“O brasileiro está totalmente integrado ao ambiente digital. As redes sociais permitem uma interação sem precedentes, o que torna a relação do candidato com o contratante mais humana e confiável. Porém é importante lembrar que cada uma das plataformas tem um objetivo, como entretenimento ou discutir temas específicos, e isso deve ser levado em consideração na hora de montar o perfil de um candidato”, explica Esquárcio.
A mais popular das redes no Brasil, o Facebook, que segundo dados da consultoria eMarketer divulgados em agosto de 2014, tinha 89 milhões de brasileiros que acessavam o site todos os meses, deu origem até mesmo a uma nova forma de comércio, chamada f-commerce. Por este raciocínio, seria natural que passasse a ser usada pelas empresas também na contratação de profissionais e, por estes, na busca de novas oportunidades de trabalho.
“O Facebook há muito tempo deixou de ser apenas uma plataforma de bate-papo e encontro de amigos. Não é para ninguém deixar de ser espontâneo, mas é preciso ter bom senso nas postagens. De qualquer forma você está assinando o que foi publicado. De outro lado, as empresas também não devem levar tudo a ferro e a fogo. Ali é lugar para conhecer gostos, traçar um primeiro perfil, mas não exclui as demais ferramentas e processos de seleção. Ninguém contrata ou deixa de contratar apenas pelo que viu no Facebook”, avalia o especialista.
Específico – Já o LinkedIn foi idealizado como uma rede de negócios. O perfil institucional deu à rede, que nasceu como plataforma de networking, ostatus de “queridinha” dos recrutadores, principalmente para os cargos de média e alta gestão. Em maio do ano passado o LinkedIn já tinha mais de 300 milhões de usuários em todo o mundo. A estimativa era que a base de usuários na América Latina estivesse acima de 40 milhões de usuários. Quase metade destes usuários eram provenientes do Brasil, com cerca de 16 milhões de profissionais conectados.
“O LinkedIn é a segunda rede social com mais participantes no Brasil e que cresce espantosamente. Diariamente eu recebo cinco ou seis pedidos de novos contatos. Aos poucos ela tem se tornado mais amigável”, oferecendo novas funcionalidades e navegação mais simples. Hoje a plataforma é utilizada quase como um currículo online, as pessoas já enviam apenas o link. Mas como todo currículo, ele também não se basta. O avaliador não pode dispensar todo o processo de seleção”, destaca.
Fonte: Jornal Diário do Comércio. Por Daniela Maciel. 5 de março de 2015.